Lista de Espera Transplante de Fígado

Lista de Espera Transplante de Fígado

A lista de Espera Transplante de Fígado no Estado do Paraná apresentou maior captação de órgãos no Brasil nos últimos anos. Isso é fruto de bastante dedicação e eficiência da Central de Transplantes do estado.

Aliás, a lista de espera para transplante de fígado tem a sua ordem definida pela gravidade da cirrose hepática. Ou seja, os pacientes mais graves são posicionados nos primeiros lugares da lista e são transplantados mais precocemente. Isso é necessário devido ao risco de vida da cirrose nos pacientes em que ela é mais grave e a possibilidade deles falecerem esperando por um órgão.

Como funciona a Lista de espera transplante de fígado no Brasil?

A gravidade da cirrose em pacientes com idade superior a 12 anos é avaliada pelo sistema MELD (Model for End Stage Liver Disease) ou modelos para doença hepática avançada. O sistema MELD  consiste de uma fórmula matemática que utiliza para o cálculo os resultados de alguns exames do paciente: a creatinina, o RNI e a bilirrubina.

Creatinina

Mede a função renal, muitas vezes afetada pela cirrose;

RNI

Mede a capacidade de coagulação do sangue consequente ao funcionamento;

Bilirrubina

Mede a capacidade do fígado excretar a bile

O cálculo matemático do MELD fornece resultado que varia de um mínimo de seis até o máximo de 40. Assim, quanto maior esse número, mais grave é a cirrose.

Aliás, existem situações especiais em que não somente o sistema MELD é considerado para determinar a posição na lista de espera. Nesses casos, outras doenças ou condições relacionadas à cirrose que não são bem avaliadas pelo sistema MELD são considerados: câncer de fígado, adenomas hepáticos, síndrome hepatopulmonar, polineuropatia amiloidótica familiar, doenças metabólicas, necessidade de retransplante por trombose ou não funcionamento primário do enxerto, trauma, insuficiência hepática aguda grave.

Posto que, a situação especial mais comum é a cirrose associada a um câncer de fígado. Muitas vezes, o câncer é detectado em uma fase muito inicial da cirrose aonde o valor do MELD é muito baixo. Esses pacientes entrariam na lista de espera em uma posição desfavorável e demoraria muito tempo até a realização do transplante.

Ou seja, o problema é que eles não podem demorar muito para transplantar – o tumor continuaria crescendo e, também, outros tumores iriam aparecer.

MELD

Seja como for, esses tumores tem que estar de acordo com os critérios de Milão para que os pacientes possam ser transplantados: essa é a melhor alternativa para o tratamento. Para que não se perca essa janela de oportunidade, esses pacientes recebem uma pontuação ”artificial” no MELD e são transplantados mais rapidamente.

Isso se chama MELD corrigido e é baseado em uma portaria do Ministério da Saúde. Assim, todos os pacientes com cirrose e câncer de fígado dentro dos critérios de Milão recebem um score de 20 pontos no MELD independente do grau da cirrose. Por fim, se depois de três meses eles não forem transplantados esse valor sobe para 24; depois de seis meses sobe para 29.

Uma vez que o paciente seja listado para transplante de fígado, ele tem acesso à sua posição na lista de espera através do site da Central de Transplantes do Estado do Paraná. Independente disso, a sua posição na lista é monitorada pela equipe do hospital e o paciente é avisado quando está em uma posição próxima de receber um órgão.

Aliás, isso é muito importante para pacientes que não residam em Curitiba porque deve ser considerado o tempo de deslocamento até o hospital no momento que um órgão é disponibilizado.

Saiba mais sobre a lista de espera transplante de fígado em nosso site!

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