Os pacientes portadores de cirrose e câncer de fígado concomitante devem ser avaliados de maneira diferente em relação aos que apresentam exclusivamente a cirrose. Esse é um assunto extremamente difícil e tentaremos explicar de maneira bastante simplificada.
Transplante de Fígado | Alternativas
1. Hepatectomia
Nos portadores de cirrose inicial a primeira alternativa de tratamento é uma cirurgia para a remoção de parte do fígado (hepatectomia) incluindo o tumor. O problema reside no fato que isso pode ser tecnicamente muito difícil em alguns desses pacientes.
Em outros, a porcentagem do fígado a ser ressecada é tão grande que não sobraria tecido desse órgão para cumprir o mínimo de suas funções.
Nessas duas situações esse tipo de cirurgia está contraindicada devido ao elevado risco cirúrgico.
2. Transplante de fígado
Para o transplante ser indicado, o tumor deve ter características de acordo com alguns critérios médicos denominados critérios de Milão. Tumores que estejam de acordo com esses critérios são considerados em fase inicial ou pouco avançados. Os tumores que não estejam de acordo com esses critérios não podem ser transplantados e devem ser tratados com outras alternativas como a quimioembolização e a quimioterapia sistêmica.
Eventualmente, alguns deles podem ter boa resposta a essas alternativas de tratamento e podem ser avaliados novamente quanto à elegibilidade a um transplante.
Cirurgia de remoção | Quando não é indicada?
Nos portadores de cirrose avançada a cirurgia para remoção de parte do fígado (hepatectomia) incluindo o tumor é totalmente contraindicada devido ao seu elevado risco. Esses pacientes, desde que o tumor esteja de acordo com os critérios de Milão, devem ser submetidos ao transplante.
Atualmente, outras alternativas de tratamento estão disponíveis em alguns centros de transplante e devem ser consideradas nesse algoritmo. Entre elas, estão a ablação por radiofrequência e a ablação por microondas.
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