O tratamento refluxo gastroesofágico cirúrgico é indicado nos casos em que o mal funcionamento da válvula é definitivo. Afinal, a identificação dessa situação não é tão óbvia e necessita da avaliação do médico.
Normalmente, esses pacientes apresentam dependência dos medicamentos que bloqueiam a produção de ácido no estômago. Ou seja, no caso de parada do medicamento ocorre recidiva imediata da doença e dos sintomas. Nessa situação, como o defeito na válvula é definitivo, ela não volta a funcionar com o tratamento medicamentoso e assim que ele é interrompido o refluxo retorna.
O tratamento cirúrgico também está indicado nas situações em que a doença é muito intensa ou nos casos em que ocorrem complicações como a estenose e o esôfago de Barrett (ou metaplasia intestinal). Quando a complicação é a dismotilidade esofágica a indicação cirúrgica deve ser muito criteriosa, pois existe a possibilidade da cirurgia piorar os sintoma do paciente.
Em suma, a cirurgia para o tratamento refluxo gastroesofágico é feita com anestesia geral, dura em torno de 30 a 40 minutos e é realizada por laparoscopia através de cinco pequenas incisões no abdômen nas quais são introduzidas pinças especiais e uma pequena câmara de vídeo.
Aliás, nesse método não é realizado o corte normalmente utilizado nas cirurgias tradicionais. No entanto, a critério do médico, esse corte pode ser necessário.
A cirurgia se inicia com a correção da hérnia de hiato, se estiver presente. Para isso, o estômago é tracionado para a sua posição normal dentro da cavidade abdominal. Na sequência é construída uma nova válvula entre o esôfago e o estômago. Essa nova válvula não é exatamente a mesma válvula que a natureza nos proporcionou.
Clique para assistir o vídeo de uma cirurgia para o tratamento do refluxo.
Técnica de Nissen
Trata-se de uma técnica operatória eficaz em que se utiliza uma parte do estômago para confeccionar algo semelhante a um ”nó de gravata” ao redor do esôfago. Esse ”nó de gravata” vai exercer a pressão exata sobre o esôfago para permitir que o alimento entre no estômago mas evite que ele reflua (volte) para o esôfago.
O risco da cirurgia normalmente não é elevado e é discutido pelo médico no momento da consulta.
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