Colelitíase ou Pedra na vesícula, é a presença de um ou mais cálculos biliares na vesícula. Muitos pacientes não descobrem possuir cálculos biliares, pois geralmente estes são assintomáticos. Mas, dos sintomas mais relatados, a cólica biliar é o mais comum.
Diversas complicações podem ser causadas pelos cálculos: a colecistite, a obstrução do ducto biliar (conhecida como coledocolitíase), a colangite (infecção da bile) e a pancreatite aguda.
O diagnóstico da colelitíase é feito por meio da ultrassonografia e, na maioria das vezes, uma colecistectomia está indicada!
Colelitíase ou Pedra na vesícula, entenda mais
A causa da Colelitíase não é completamente compreendida, mas acredita-se que haja múltiplos fatores.
A vesícula biliar armazena bile produzida pelo fígado e a libera no intestino delgado quando necessária para a digestão. Os cálculos biliares podem se desenvolver se a bile contiver muito colesterol ou bilirrubina (um dos componentes da bile), ou se a vesícula biliar estiver disfuncional e não puder liberar a bile.
Dessa forma, diferentes tipos de cálculos biliares se formam. O tipo mais comum, chamado de cálculo de colesterol, resulta da presença de muito colesterol na bile. Outro tipo de pedra, chamado cálculo de pigmento, é formada a partir do excesso de bilirrubina. O tamanho e o número dos cálculos biliares variam; a vesícula biliar pode formar muitas pedras pequenas ou uma pedra grande.
Sintomas da Colelitíase ou Pedra na vesícula
Mais de 80% dos pacientes com pedra na vesícula são assintomáticos. O resto apresenta sintomas que variam desde dores características (cólica biliar) até colecistite e colangite, complicações que cursam com risco de vida. A cólica biliar é o sintoma mais comum.
A cólica biliar é causada pela obstrução temporária do ducto que esvazia a vesícula, conhecido como ducto cístico. Ela começa no quadrante superior direito do abdômen , mas também pode ocorrer em outras partes. As dores podem irradiar para as costas e menos frequentemente para o ombro direito e para o braço.
O início da dor é súbito e geralmente dura menos do que seis horas. Essa dor geralmente é forte o suficiente para fazer com que muitos pacientes busquem alívio apenas nas salas de emergência.
Náuseas e vômitos são comuns, enquanto febre e calafrios estão associados apenas nas situações em que ocorrem complicações, como a colecistite e a colangite. O quadrante superior direito do abdômen e o epigástrio podem ficar sensíveis à pressão, mas não há sintomas de peritonite.
Embora a cólica biliar possa ocorrer após refeições pesadas, os alimentos ricos em gordura não são um fator desencadeante específico. Sintomas gastrointestinais inespecíficos, como a eructação e a flatulência também podem estar presentes. No entanto, esses sintomas são muito comuns e podem estar presentes devido à outras doenças concomitantes.
Tratamento da Colelitíase ou Pedra na vesícula
Nos pacientes assintomáticos a remoção eletiva da vesícula pode ser considerada de acordo com o desejo do paciente, a sua idade e outras condições associadas.
Nos pacientes que apresentam sintomas, a remoção da vesícula biliar (colecistectomia) é indicada porque a recorrência da dor é provável e existe alto risco de complicações.
Existem dois métodos para essa cirurgia:
- A colecistectomia aberta, quando a cirurgia é realizada através de uma incisão tradicional;
- Colecistectomia laparoscópica, quando a cirurgia é realizada sem a abertura da cavidade abdominal, por meio de pequenas incisões. Essa técnica é a mais frequente entre os cirurgiões e inclusive pode ser realizada atualmente com o auxílio da robótica.
Com a vesícula biliar não é um órgão essencial, a maioria das pessoas que fizeram uma colecistectomia levam uma vida normal, sem efeitos colaterais, no pós-operatório!