Introdução
Na postagem anterior escrevemos sobre o que é uma hérnia incisional. Essa condição é relativamente comum após as cirurgias, especialmente as realizadas pela via aberta. Dessa maneira, ocorre em 11 a 23% das cirurgias. Por outro lado, em situações de risco elevado ocorre em até 50% dos casos. O tratamento da hérnia incisional é eminentemente cirúrgico. A cirurgia é realizada de diversas maneiras. Em síntese, existe a possibilidade de uso de duas vias de acesso. Inicialmente, pela laparoscopia. Em segundo lugar, pela laparotomia. Assim sendo, nessa postagem iremos fornecer algumas informações a esse respeito.
Cirurgia por laparoscopia
Na laparoscopia utiliza-se pequenas incisões cirúrgicas. Nelas, insere-se instrumentos especiais e uma câmara de vídeo. É uma técnica minimamente invasiva. Atualmente, os resultados dessa técnica são muito melhores devido à disponibilidade da robótica. Em primeiro lugar, realiza-se a sutura do defeito na aponeurose. Como já explicado na postagem anterior, esse defeito é a origem da hérnia. A cirurgia robótica permite isso de maneira bastante segura e eficiente. Na sequência, sutura-se uma tela sobre a linha de sutura da aponeurose. Diversos estudos demonstram redução da chance de recidiva da hérnia devido à colocação da tela.
Cirurgia por laparotomia
Na laparotomia, conhecida como via abeta, abre-se uma incisão ao longo de todo o comprimento da hérnia. Em seguida, sutura-se o defeito na aponeurose sob visualização direta. Posteriormente, sutura-se a tela. Esse também é uma passo essencial. A laparotomia é uma cirurgia mais agressiva. Dessa maneira, os pacientes referem dor mais intensa após o procedimento. Além disso, o tempo de recuperação é maior. No entanto, a chance de recidiva da hérnia é exatamente igual à da cirurgia por laparoscopia com ou sem o auxílio da robótica. A decisão quanto à melhor via de acesso depende da disponibilidade de material cirúrgico, dos custos e da condição clínica do paciente.