Habitualmente, os pacientes apresentam muitas dúvidas durante a internação para uma cirurgia. Muitas delas podem ser esclarecidas no link orientações aos pacientes. Outras, serão esclarecidas nesse blog. Por exemplo, sobre a necessidade de utilizar antibióticos. Esse é um assunto muito sério e importante. Acima de tudo, a utilização de antibióticos não pode ser banalizada. Existem recomendações muito específicas e baseadas em estudos científicos. Ao contrário, o uso inadvertido pode ser muito prejudicial. Resumidamente, indica-se o uso dos antibióticos em duas situações. Em primeiro lugar, para evitar uma infecção. Isso chama-se uso preventivo ou profilático. Em segundo lugar, para tratar uma infecção ativa. Nessa situação, chama-se uso terapêutico.
Antibiótico profilático
Nesse caso o paciente não apresenta qualquer infecção ativa no momento da cirurgia. Dessa forma, o antibiótico reduz o risco que isso ocorra. Administra-se pela via endovenosa, no momento da indução anestésica. Na grande maioria dos casos utiliza-se uma única dose. Em alguns casos selecionados, utiliza-se por até 24 horas. Importante ressaltar que isso é desnecessário em um grande número de cirurgias. Por exemplo, nas cirurgias classificadas como limpas. Exceção são as cirurgias limpas com próteses. Analogamente, naquelas em que o risco é muito alto no caso de infecção. Já nas cirurgias potencialmente contaminadas e contaminadas o antibiótico profilático é necessário.
Antibiótico terapêutico
Nessa situação o paciente apresenta infecção no momento da cirurgia. Frequentemente, realiza-se a cirurgia para combater a doença causadora dessa infecção. Então, o antibiótico auxilia no tratamento. Assim sendo, o seu uso é por maior tempo em relação ao uso profilático.
Uso indevido
O uso indevido de antibióticos causa diversos problemas. Por exemplo, a resistência bacteriana. Dessa forma, quando o antibiótico for necessário, não produzirá o efeito desejado. Esse é um grande problema nos dias de hoje, pois aumenta o risco das infecções. Trata-se de um assunto complexo e a decisão final cabe ao médico.