Introdução
O que é uma colostomia? Essa é uma pergunta que gera muitas dúvidas e até medo nos pacientes. Em primeiro lugar, uma colostomia é a famosa “cirurgia da bolsinha”. Ou seja, existem determinadas situações em que é necessário o posicionamento do intestino na parede abdominal. As colostomias fazem parte de um conceito mais amplo chamado ostomia.
Ostomia
Em grego, “osto” significa boca e “tomia” significa abertura. Ostomia é a abertura cirúrgica de uma via alternativa, ou boca, para a eliminação de fezes ou urina ou como auxiliar na respiração e na alimentação. Dessa forma, para a eliminação de fezes confeccionamos uma colostomia ou um ileostomia; para a eliminação de urina, uma urostomia; para auxiliar na respiração, uma traqueostomia; e para alimentação, uma gastrostomia ou uma jejunostomia. Em geral, as ostomias geram grande impacto emocional, financeiro e dificuldades técnicas para a adequada manutenção. Existem diversas associações que fornecem esse tipo de suporte, como: a Associação Paranaense dos Ostomizados e a Associação Brasileira dos Ostomizados.
Colostomia
Na colostomia, o intestino grosso, também conhecido como cólon, é suturado e aberto na parede abdominal. Os segmentos mais comuns são o cólon transverso e o sigmóide. As colostomias são necessárias em diversas situações. Didaticamente, pode-se dividir em temporárias e definitivas.
Colostomia temporária
Realiza-se uma colostomia temporária nas situações de emergência em que há necessidade de ressecar uma parte do intestino grosso. Ou seja, situações em que a anastomose (emenda) entre os segmentos remanescentes do intestino seria muito arriscada. Essa emenda poderia abrir e permitir o extravasamento de fezes para o interior da cavidade abdominal. A colostomia evita que isso aconteça. Em primeiro lugar, posiciona-se o segmento remanescente proximal em uma abertura confeccionada pelo cirurgião na parede abdominal. Esse segmento intestinal elimina as fezes para o exterior. Na sequência, coleta-se as fezes em uma bolsa especial acoplada à pele (figura). Ainda, sutura-se o segmento distal do intestino no interior da cavidade abdominal. Finalmente, após dois ou três meses, realiza-se um nova cirurgia para a reconstrução do trânsito intestinal.
Colostomia definitiva
Tecnicamente são muito parecidas com as temporárias. No entanto, a única diferença é a impossibilidade de reconstruir o trânsito intestinal. Confecciona-se uma colostomia definitiva em alguns casos de câncer de reto.