Introdução
Já postamos anteriormente definindo o que é a acalásia, os sintomas e o diagnóstico. Agora, falaremos sobre o tratamento cirúrgico. Em primeiro lugar, abordaremos as técnicas para os quadros iniciais. Na sequência, os casos de gravidade intermediária. Em terceiro lugar, os casos graves.
Casos iniciais
Nos casos iniciais de acalásia, o esôfago está pouco dilatado. O diâmetro do órgão pode ser de até sete centímetros. Nesses casos a cirurgia mais utilizada é a miotomia a Heller. A princípio, essa cirurgia é realizada pela via laparoscópica. Nesse procedimento nós abrimos a cárdia. Realiza-se uma incisão de aproximadamente oito centímetros. Ela engloba o esôfago, em uma extensão de seis centímetros, e o estômago, em uma extensão de dois centímetros. Ela secciona a musculatura dos dois órgãos. Isso facilita a passagem dos alimentos do esôfago para o estômago. No entanto, também permite o refluxo do conteúdo do estômago para o esôfago. Para evitar essa complicação, realiza-se uma válvula utilizando o tecido do estômago. Essa válvula faz parte da cirurgia de Heller.
Casos intermediários
Nessa situação, o esôfago apresenta diâmetro entre sete e dez centímetros. A princípio, ele ainda mantém o seu eixo axial. Contudo, em alguns casos pode haver um pouco de desvio do seu eixo. Esses casos são tratados pela cirurgia de Thal-Hatafuku-Maki. Em síntese, realiza-se uma abertura mais ampla da cárdia. Analogamente à cirurgia de Heller, ela engloba o esôfago e o estômago. De maneira semelhante, também realiza-se uma válvula para evitar o refluxo.
Casos graves
Nesses casos, o esôfago tem diâmetro superior a 10 centímetros. Também há importante desvio do seu eixo axial. O tratamento desses casos é realizado pela esofagectomia. A princípio, remove-se o esôfago. Na sequência, realiza-se o preparo do estômago. Em outras palavras, resseca-se parte do órgão. Ele fica com um formato tubular, semelhante ao esôfago. Por fim, posiciona-se o estômago no lugar do esôfago.É possível realizar essa cirurgia através e várias vias de acesso. A via aberta ainda é frequente. No entanto, a via laparoscópica, especialmente com o auxílio da robótica, é a melhor.