Introdução
O que são drenos? Esse é o assunto dessa semana. Na verdade, os drenos são muito importantes em diversas cirurgias. Dessa forma, eles são um instrumento que auxilia muito o cirurgião e complementa o tratamento proposto. Em primeiro lugar, definiremos o que é um dreno. Na sequência, os tipos de dreno e suas indicações mais comuns em cirurgia digestiva.
O que são drenos?
Os drenos são tubos feitos de borracha, plástico ou silicone. Assim, quando necessário, posiciona-se o dreno no interior do abdômen ou de outra cavidade do corpo. Na verdade, uma extremidade do dreno fica no interior da cavidade corporal e a outra no exterior. Eles possibilitam a remoção de sangue, pus, secreção digestiva, etc. Logo, essas secreções apresentam potencial de gerar algum dano e comprometer o resultado da cirurgia.
Tipos de drenos
Existem diversos tipos. Por exemplo, dreno de Penrose, dreno de sucção, Kerr, dreno em selo de água, pigtail, duplo J, etc. Cada dreno tem a sua indicação específica.
Indicações mais comuns em cirurgia digestiva
As duas principais indicações em cirurgia digestiva são: drenar um abscesso e monitorar uma anastomose. Os abscessos são coleções de pus no interior do corpo. A inserção de um dreno permite a remoção do pus. Esses abscessos podem ocorrer no fígado, na cavidade abdominal, no pâncreas, na ferida operatória (infecção da ferida operatória), etc. Geralmente, o tratamento é complementado pela administração de antibióticos. Anastomose é quando dois órgãos ou segmentos de um mesmo órgão são suturados ou grampeados entre si. Por exemplo, quando ressecamos parte do intestino. As duas extremidades remanescentes são suturadas ou grampeadas para estabelecer novamente o trânsito intestinal. No entanto, existe o risco de extravasamento do conteúdo do órgão anastomosado. Nas cirurgias abdominais, isso chama-se fístula digestiva. A inserção de um dreno permite que a secreção extravasada seja eliminada. Isso permite a cicatrização do local de extravasamento.