Introdução
No post anterior falamos sobre o tratamento do esôfago de Barrett sem displasia. Agora, abordaremos os casos com displasia de baixo grau e a displasia de alto grau. Essas duas situações apresentam risco considerável.
Tratamento da displasia de baixo grau
O esôfago de Barrett apresenta risco de evolução para câncer. Nesse sentido, o esôfago de Barrett com displasia de baixo grau é o primeiro passo. Ele é irreversível. Em síntese, o tratamento visa evitar a progressão para a displasia de alto grau. Para isso, o refluxo deve ser muito bem controlado. Existem duas maneiras de controlar o refluxo. Em primeiro lugar, com medicações de uso contínuo. Ou seja, o medicamento é pelo resto da vida, diariamente. Em segundo lugar, com a cirurgia anti-refluxo. Assista um vídeo da cirurgia nesse link. O tratamento da displasia de baixo grau não é uma garantia de que a doença não vá evoluir para a displasia de alto grau. No entanto, há redução do risco disso acontecer. Por esse motivo, há a necessidade de realizar o seguimento com endoscopias periódicas.
Tratamento da displasia de alto grau
Os casos de displasia de baixo grau apresentam risco de evoluir para a displasia de alto grau. Ela é um carcinoma in situ. Ou seja, é um câncer maligno ainda em estágio inicial. Por outro lado, apesar de ser um câncer maligno, a displasia de alto grau não apresenta risco de disseminação. Isso acontece somente se evoluir para um câncer invasor. Desse modo, o tratamento é curativo. Ou seja, quando tratada adequadamente, a displasia de alto grau apresenta chance de 100% de cura. Existem dois métodos de tratamento. No primeiro, o esôfago é removido. Essa cirurgia chama-se esofagectomia. No entanto, é uma cirurgia de grande porte e apresenta risco de complicações e risco de vida. O segundo método é a ressecação endoscópica da displasia. Trata-se de um procedimento muito menos invasivo e arriscado. O problema reside no fato que não pode ser realizada em qualquer caso.