Introdução
Apresentar febre após uma cirurgia é considerado normal? Essa postagem esclarecerá esse importante assunto. Antes de mais nada, apresentar febre após qualquer cirurgia não é normal. Entretanto, existem diversas causas. Logo, isso gera muita confusão e dúvidas para os pacientes. É muito importante o cirurgião identificar qual a causa da febre. Afinal, o tratamento correto depende disso. O primeiro aspecto observado é o momento em que a febre ocorreu em relação à cirurgia.
Febre nas primeiras 48 horas após uma cirurgia
Normalmente é uma resposta metabólica ao próprio procedimento cirúrgico. Ou seja, o trauma físico provocado pela cirurgia induz o organismo a produzir alguns hormônios. Nesse sentido, eles aceleram o metabolismo para auxiliar a recuperação e a cicatrização. Logo, isso promove o aumento da temperatura. Essa causa de febre não necessita tratamento, pois o metabolismo se equilibra espontaneamente. Contudo, pode -se administrar um medicamento para controlar a temperatura caso isso gere desconforto ao paciente. A atelectasia do pulmão é outra causa de febre nesse período. Ela é a falta de uma insuflação adequada do pulmão causada pela dor ou pela imobilidade após uma cirurgia. O tratamento é a fisioterapia respiratória e a mobilização do leito.
Febre após 48 horas de uma cirurgia
As causas infeciosas ocorrem a partir de 48 horas. Logo, exames complementares são realizados para a correta identificação. As infecções ocorrem em diversos lugares. A princípio, os mais comuns são o sítio cirúrgico, o pulmão, o sangue e os cateteres venosos. A infecção do sítio cirúrgico pode acometer a pele, o tecido subcutâneo, o músculo, a fáscia e também a cavidade do corpo em que a cirurgia foi realizada. A infecção no sangue é muito importante, pois o quadro pode se descontrolar e se tornar generalizado pelo corpo. O tratamento no caso das infecções é muito variável. O mais simples é a administração de antibióticos. No entanto, uma reoperação ou uma drenagem guiada por exame de imagem podem ser necessários.