Introdução
Na postagem anterior, Futuro da Cirurgia Robótica (2), definimos o que são os sistemas semiativos. Portanto, hoje descreveremos alguns modelos desse tipo de cirurgia robótica. Importante ressaltar que muitos deles já se encontram em uso. Na verdade, hoje em dia a cirurgia robótica cresce exponencialmente. No ano de 2018, o volume de negócios envolvendo sistemas médicos de robótica nos Estados Unidos foi entre 4 a 5 bilhões de dólares. Em 2023, a projeção é de 13 bilhões.
Sistema semiativo na urologia
A urologia foi a especialidade médica mais beneficiada pela robótica. Logo, não é estranho que os maiores avanços sejam nessa área. Dessa forma, um sistema robótico semiativo foi desenvolvido para o tratamento da hiperplasia prostática benigna. Na cirurgia para o tratamento dessa enfermidade, muitas das etapas são bastante repetitivas. Portanto, desenvolveu-se um sistema robótico para trabalhar de forma autônoma e aliviar o cansaço e a fadiga do cirurgião. Já se testou esse sistema no laboratório e em seres humanos e ele se mostrou capaz de ressecar a próstata. Em primeiro lugar, o sistema constrói um modelo da próstata em uma imagem em três dimensões. Isso servirá de roteiro para os movimentos do robô. Na sequência, o cirurgião supervisiona os movimentos e pode assumir o comando do equipamento a qualquer momento.
Sistema semiativo na ortopedia
Desenvolveu-se um sistema semiativo para as cirurgias do joelho. A princípio, o cirurgião realiza os cortes necessários para a cirurgia. Durante esse processo, o braço robótico posiciona um guia para que esses cortes sejam realizados no local correto. Utiliza-se as imagens geradas por uma câmera ou, a critério do cirurgião, um modelo reconstruído em três dimensões.
Conclusão
Enfim, podemos dizer que já vivemos o futuro da cirurgia robótica. Em alguns centros já utiliza-se os sistemas semiativos. Portanto, na próxima postagem escreveremos sobre o próximo passo nessa evolução: os sistemas ativos.