Introdução
A postagem de hoje é sobre a nutrição parenteral. Em primeiro lugar, trata-se de um grande avanço da medicina. Logo, é extremamente útil em alguns pacientes cirúrgicos, em especial naqueles que sofrem alguma complicação grave.
O que é?
Trata-se do fornecimento de nutrientes através de uma veia. Ou seja, nas situações em que não há a possibilidade da nutrição pela boca ou através de uma sonda nasoenteral, de gastrostomia ou de jejunostomia. Logo, a nutrição parenteral nunca deve ser a primeira opção. Pode-se utiliza-la pelo tempo que for necessário, até mesmo durante anos. Ela fornece todas as proteínas, lipídeos, carboidratos e minerais necessários para o funcionamento normal do nosso organismo.
Como é feita?
Em primeiro lugar, realiza-se o cálculo das necessidade individuais de cada paciente. A nutrição parenteral vem pronta e embalada em sacos plásticos estéreis. Ela é manipulada em farmácias ou empresas especializadas de acordo com diversas normas. Na sequência, acopla-se os frascos contendo a solução em uma bomba infusora. Essa bomba permite a infusão contínua e controlada da solução de nutrição parenteral. Por fim, conecta-se os equipos da bomba infusora em um cateter venoso. Na grande maioria dos casos, o acesso venoso é central, na veia subclávia ou jugular interna. Utiliza-se um cateter venoso periférico mais raramente.
Em quais situações é necessária?
Em síntese, utiliza-se a nutrição parenteral nas situações em que o trato digestório está indisponível devido a alguma doença. Geralmente são situações graves em que o repouso intestinal é importante ou a deglutição ou ingestão dos alimentos estão impossibilitados. Alguns exemplos são as fístulas digestivas, as fístulas linfáticas, as oclusões intestinais, as doenças inflamatórias intestinais, as desnutrições severas por neoplasia ou outras doenças. Antes do desenvolvimento da nutrição parenteral, os médicos se deparavam com situações muitas vezes insolúveis e com consequências extremamente graves para os pacientes.