Introdução
O futuro da cirurgia robótica (4) é bastante promissor. Em síntese, nas postagens anteriores explicamos sobre os diversos tipos de sistemas, como o sistema mestre-escravo e os sistemas semiativos. Logo, essa postagem será sobre os sistemas ativos. A princípio, esse tipo de cirurgia robótica realmente caracteriza a evolução futura.
Sistemas ativos
Nesse tipo de sistema, o robô atua integralmente de forma pré-programada. Ou seja, além de mecanicamente executar os movimentos cirúrgicos o robô comanda o que deve ser feito através de sistemas de inteligência artificial. Isso significa que o cirurgião será totalmente substituído pelo robô. No entanto, no início dessa evolução, a atuação humana será como um fiscalizador dos procedimentos executados pela inteligência artificial. Isso já acontece nos sistemas de automóveis autônomos. Em síntese, o sistema de inteligência artificial deve adquirir conhecimentos sobre a anatomia e sobre a técnica cirúrgica. O banco de dados para isso já existe. Em primeiro lugar, os conhecimentos sobre anatomia já estão disponíveis em livros textos e em milhares de exames de imagem realizados diariamente no mundo. Analogamente, a técnica cirúrgica também está disponível em publicações e vídeos. Mais ainda, os sistemas robóticos atuais podem disponibilizar os dados referentes às cirurgias realizadas com essa plataforma.
Exemplos de sistemas ativos
Alguns sistemas ativos já estão em desenvolvimento em animais de experimentação. Na Universidade Johns Hopkins utilizou-se um sistema chamado Smart Tissue Autonomous Robot para a realização de cirurgias robóticas em porcos. Dessa forma, esse sistema realizou anastomoses intestinais com sucesso. A grande dificuldade é a adaptação do robô a um tecido mole e que constantemente muda de posição. Sistemas automatizados de suturas em tecidos animais também já estão disponíveis.
Conclusão
O futuro da cirurgia robótica (4) está próximo. Os sistemas ativos já são tecnicamente possíveis. No entanto, a partir desse momento surgem diversos dilemas éticos. Eles são especialmente relacionados à segurança e à responsabilidade médica e ainda não tem uma resposta estabelecida. E você, deixaria um robô realizar a sua cirurgia?