Ser informado da existência de um cisto no pâncreas pode ser assustador e perturbador. Mas não é motivo para pânico. É muito importante a investigação adequada com um especialista para se estabelecer qual a melhor conduta.
Vamos discutir no tópico de hoje qual o tratamento dos cistos pancreáticos.
Qual o tratamento dos cistos pancreáticos?
O uso crescente de testes de imagem, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética tem auxiliado diversos especialistas a detectar, com frequência, os cistos pancreáticos.
Quando se pesquisa na internet sobre cistos pancreáticos, a literatura científica está repleta de termos de difícil compreensão para os leigos, como cistadenoma seroso, neoplasia mucinosa papilar intraductal ou neoplasia cística mucinosa. Ou seja, o termo cisto pancreático é genérico e várias doenças do pâncreas podem se apresentar na forma de cistos. O objetivo desse texto é tentar esclarecer isso de forma didática.
Os exames de imagem como a tomografia e a ressonância magnética podem estabelecer o tipo de cisto pancreático. De acordo com esse resultado o médico decide entre três condutas básicas: seguimento com exames de imagem, drenagem ou tratamento cirúrgico.
Seguimento com exames de imagem
Cistos pequenos, especialmente aqueles que os exames de imagem não conseguem estabelecer o diagnóstico devem ser acompanhados periodicamente. Caso ocorra crescimento do cisto, os exames de imagem normalmente conseguem estabelecer a etiologia e o melhor tratamento é indicado.
Drenagem
Esse tipo de tratamento é reservado somente para os casos de pseudocistos pancreáticos. Eles diferem dos cistos verdadeiros por não apresentarem revestimento epitelial. Ocorrem após quadros de pancreatite aguda complicada. Inicialmente o tratamento é expectante, pois a maioria regride espontaneamente. No entanto, caso persistam após um período de seis a oito semanas após a resolução da pancreatite eles devem ser drenados devido ao risco de hemorragia e de infecção.
A drenagem pode ser endoscópica ou cirúrgica. A drenagem endoscópica é a primeira opção por ser menos invasiva. Um pequeno tubo flexível, o endoscópio, é passado pela boca para o estômago e para o intestino delgado. O endoscópio é equipado com uma sonda de ultrassom e uma agulha para drenar o cisto.
Nos casos em que a drenagem endoscópica não é viável o paciente deve ser submetido à drenagem cirúrgica.
Cirurgia
Alguns tipos de cistos pancreáticos requerem remoção cirúrgica devido ao risco de malignidade, especialmente a neoplasia cística mucinosa, a neoplasia mucinosa papilar intraductal e a neoplasia papilífera sólido-cística.