Introdução
A reoperação para doença do refluxo gastoesofágico não é frequente. No entanto, é necessária em alguns casos e por diversas razões. Dessa forma, em algumas situações indica-se as reoperações tardiamente, meses os anos após a primeira cirurgia. Além disso, em alguns casos indica-se precocemente, dias após. Em primeiro lugar abordaremos as indicações tardias. Na sequência, as precoces.
Reoperações para doença do refluxo – indicações tardias
O principal motivo para uma reoperação tardia é a recidiva da doença do refluxo gastroesofágico. A cirurgia para a doença do refluxo gastroesofágico é bastante eficiente. No entanto, a recidiva da doença acontece em alguns casos. Um dos principais motivos é o ganho de peso. A cirurgia não causa ganho de peso, mas ele habitualmente ocorre nas pessoas conforme envelhecem. Dessa forma, isso pode “afrouxar” a válvula confeccionada cirurgicamente. Outros motivos para a recidiva da doença são a presença de comorbidades que atrapalham a cicatrização da cirurgia, como a diabetes, técnica cirúrgica inadequada e maus hábitos alimentares.
Reoperações para doença do refluxo – indicações precoces
Nessas situações, normalmente ocorre algum problema com a cirurgia e o paciente evolui com disfagia (dificuldade para engolir). Disfagia de intensidade leve ou moderada é normal em todas as cirurgias realizadas. Ela ocorre devido ao inchaço do esôfago causado pela manipulação cirúrgica e desaparece espontaneamente após quatro a seis semanas. No entanto, a presença de disfagia intensa não é normal. Em síntese, esses pacientes não conseguem se alimentar ou beber líquidos e, em muitos casos, não conseguem deglutir a saliva. Dessa forma, deve-se suspeitar de algum problema mais grave. As principais causas são a migração da válvula para o tórax, a formação de uma hérnia paraesofageana, válvulas apertadas, válvulas realizadas sobre o estômago, presença de dismotilidade esofágica e compressões extrínsecas sobre o esôfago (ex.hematomas). Indica-se a reoperação para corrigir esses problemas.