Introdução
Em síntese, o tratamento da hérnia inguinal é eminentemente cirúrgico. Em postagens anteriores já falamos sobre as hérnias inguinais e as suas complicações. Inicialmente, falaremos sobre as técnicas cirúrgicas pela via laparoscópica. Na sequência, sobre as técnicas pela via aberta.
Via laparoscópica
Atualmente é a via de acesso preferencial. Em primeiro lugar, realiza-se três pequenas incisões para a inserção do equipamento de laparoscopia. Utiliza-se uma câmera de vídeo especial e duas pinças. Na sequência, disseca-se os tecidos até a identificação da hérnia. Reduz-se o saco herniário para o interior da cavidade abdominal. Finalmente, o anel herniário é coberto por uma tela confeccionada por um material específico a essa finalidade chamado polipropileno. Por último, sutura-se a pele com um fio especial que é espontaneamente absorvido pelo corpo. Devido a essa característica, não há necessidade de retirada dos pontos. Existem duas variantes dessa técnica. A primeira, chama-se TEP ou técnica totalmente extraperitoneal. A segunda, TAP ou técnica transabdominal. Realiza-se ambas com anestesia geral.
Via aberta
O tratamento da hérnia inguinal pela via aberta é o mais antigo. No entanto, utiliza-se ainda em casos selecionados. Por exemplo, nos recém nascidos, nas hérnias gigantes e nos pacientes em que a anestesia geral está contraindicada. Ou seja, nessa via de acesso pode-se utilizar a anestesia peridural e a raquianestesia. Em recém nascidos, trata-se de uma cirurgia mais simples e realizada através de uma incisão muito pequena. Por outro lado, em adultos o procedimento é mais complexo. Em primeiro lugar, realiza-se uma incisão cirúrgica na região da virilha. Ela engloba a pele e os planos dos tecidos subjacentes até a identificação do saco herniário. Na sequência, reduz-se o saco herniário para o interior da cavidade abdominal e fixa-se uma tela de polipropileno na musculatura e nos ligamentos adjacentes. Por fim, sutura-se os planos teciduais e a pele. Essa é a técnica conhecida como Lichtenstein.