A trombose venosa é uma complicação temida em todas as cirurgias. Ou seja, esse risco existe independentemente do tipo de cirurgia. Na verdade, existe risco de trombose mesmo em pacientes não operados. Ela pode acometer qualquer veia do nosso organismo. Durante uma cirurgia e no período pós-operatório, os cirurgiões se preocupam muito com a trombose venosa profunda em membros inferiores e com o tromboembolismo pulmonar. Nessa postagem falaremos sobre essas duas situações.
Trombose venosa profunda
Em síntese, é a oclusão das veias causada por um coágulo de sangue. Os membros inferiores são os locais mais frequentemente acometidos. A princípio, ocorre quando um dos elementos da Tríade de Virchow está presente. Logo, quando ocorre aumento da capacidade de coagulação do sangue, estase e lesão das células que revestem as veias. Durante as cirurgias, a hemorragia é uma ocorrência frequente. Como consequência, ocorre aumento da viscosidade do sangue e isso facilita a coagulação. Além disso, a viscosidade aumentada facilita a estase. Do mesmo modo, ocorre estase do sangue nos membros inferiores devido à dificuldade de deambulação após a cirurgia. Os músculos das pernas funcionam como uma bomba propulsora. Dessa forma, quando eles contraem, impulsionam o sangue das pernas de volta para o coração.
Tromboembolismo pulmonar
Frequentemente, é uma consequência da trombose venosa profunda dos membros inferiores. Em outras palavras, ocorre quando um ou mais coágulos de sangue se desprendem das pernas e vão até os vasos sanguíneos do pulmão. Nesse local, causam a oclusão desses vasos. Logo depois, dificultam a oxigenação do sangue. Isso ocorre porque o sangue não circula pelas regiões do pulmão que promovem a oxigenação. Como consequência, ocorre redução da concentração de oxigênio em todos os tecidos do corpo. Trata-se de situação grave e com risco de vida. Esse é o motivo pelo qual o tromboembolismo pulmonar é tão temido pelos cirurgiões. Na próxima postagem falaremos sobre maneiras de prevenir essas complicações.