Vacinas e cirurgia
Vacinas e cirurgias

Vacinas e cirurgia

Introdução

A realização de uma cirurgia pode interferir nas vacinas de rotina. Isso normalmente não acontece nas cirurgias de pequeno e médio porte. No entanto, ocorre especialmente se a cirurgia ou a doença afetarem a capacidade do corpo de montar uma resposta imune frente a vacina.  Dessa forma, pode ser necessário adiar ou reprogramar as vacinações de rotina para que as mesmas sejam eficientes e evitar quaisquer complicações ou efeitos adversos potenciais.

Cirurgias que afetam as vacinas

Em primeiro lugar, alguns procedimentos cirúrgicos afetam o sistema imunológico. Os principais são os transplantes de órgãos, como o transplante de fígado, e as cirurgias contra o câncer. Nesses casos, as operações são de grande porte. Isso por si só gera impacto  no sistema imunológico e compromete a capacidade do mesmo produzir anticorpos frente à vacina. Além disso, medicamentos que afetam a resposta imune também são frequentemente necessários. Os principais são os imunossupressores para evitar a rejeição dos órgãos e os quimioterápicos para auxiliar a combater o câncer. Assim sendo, na maioria dos casos é necessário adiar as vacinações até o sistema imunológico se recuperar.

Doenças que afetam as vacinas

As doenças que necessitam cirurgia também afetam a capacidade de resposta frente a uma vacina. Na maioria das vezes, essas doenças geram desnutrição. A nutrição é o substrato necessário para a formação de uma resposta imune à vacina. Ou seja, a vacinação não é eficiente no caso de denutrição. A desnutrição também afeta outros aspectos importantes como a cicatrização. Dessa forma, os cirurgiões devem promover a melhora do estado nutricional antes e após a realização de uma cirurgia.

Conclusão

Em geral, a interferência da cirurgia nas vacinações de rotina depende do tipo de cirurgia, da doença operada e dos medicamentos utilizados no pós-operatório. Logo, os provedores de cuidados de saúde precisarão avaliar cuidadosamente cada caso individual e tomar uma decisão com base na melhor evidência disponível e julgamento clínico para garantir a segurança e o bem-estar da pessoa.

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